COLUNA DE 5 DE DEZEMBRO


Uma perda irreparável

Ontem, vítima de um infarto, faleceu o médico Haroldo Deponte. Convivemos com ele, durante mais de 30 anos, tempo suficiente para firmar uma amizade que se iniciou com sua vinda para esta cidade, firmou-se nos bate-papos do Bidu Bar e nos clubes de futebol médio e futsal em que atuamos e culminou num convite surpreendente: dar nome ao campeonato férias de futsal de 1995. Para justificar a honraria, Haroldo - então secretário municipal de esportes -  justificou que homenagens devem ser feitas em vida.

Pode, Arnaldo?

Quando jogávamos juntos num time de futebol médio que treinava às sextas-feiras, no campo da ABD, ocorreu um fato singular: alguns integrantes do clube pediram a saída de Haroldo. A justificava inexplicável: ex-ponteiro dos quadros de base da Ponte Preta de Campinas humilhava seus marcadores com dribles e jogadas de efeito. Por sorte, outra ala de sócios vetou sua inexplicável saída.

Bom de bola e de garfo

Convocados pelo saudoso médico Affonso Vieira de Rezende, o colunista e mais alguns amigos ficaram encarregados de introduzir o recém-chegado médico no meio esportivo local. E logo se percebeu que Haroldo gostava de futsal e de churrasco. Durante um dos “ágapes” do Camisa 10 (time dos professores), um dos presentes perguntou qual era a especialidade do profissional. O professor Lúcio Pontes respondeu de bate-pronto: “prato fundo e cheio”.

Entre as relíquias

Além das fotos da festa de encerramento do campeonato de futsal de férias de 1995, guardo com muito carinho uma camisa do Paulistinha de São Carlos que me foi dada por Haroldo, num domingo de manhã, em sua residência. A camiseta do tradicional time de sua cidade natal veio acompanhada de um litro de poire, deliciosa cachaça de pera, que não faltava nos aperitivos do deputado constitucionalista Ulysses Guimarães.

Não passou em branco

Alegre, expansivo e profissional de grandes méritos, Haroldo Deponte sai da vida terrena para ingressar na história da cidade. À esposa Sandra e aos filhos Caio e Carla, muita força em momento tão doloroso.

Professor Valdir Andrêo

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