HOMENAGEM A NEGO MORTÁGUA


Nego Mortágua

Infelizmente, aconteceu o que já era esperado e nos recusávamos a aceitar: faleceu Nego Mortágua. Nos 41 anos em que morei em Dracena (1970/2011), Nego foi um dos maiores amigos que tive. Amizade que se iniciou nos jogos do Dracena FC, dentro e fora do Írio Spinardi, e se estreitou nos encontros semanais, após os treinos do Sabatista.

A vitoriosa carreira futebolística começou na formação de base do Dracenão que tinha Alaor Ferrari como treinador e se cristalizou em grandes campanhas nos campeonatos da Segundona da Federação Paulista de Futebol. O maestro contava com excelentes companheiros, como Edson Lorenzetti, João Luiz Flora, Bombeiro e outros capacitados coadjuvantes.

Após recusar vários convites de equipes de expressão, preferiu continuar no ramo comercial e apenas participar de clubes locais de futebol e futsal. Seus toques refinados e cobranças perfeitas de falta se restringiram, nos últimos tempos, ao Sabatista.

Das viagens com o Dracenão, recordamo-nos de dois fatos marcantes, ocorridos em 1977, se a memória não falha. O Fantasma classificou-se entre os oito melhores do campeonato da Segundona e a FPF promoveu um torneio em campos neutros de Catanduva, Garça, Penápolis e Bauru. Após um empate contra a Ituveravense, em Catanduva, Mortágua recebeu convite para se transferir para o time local. No estádio Alfredo de Castilho, em Bauru, Mortágua e companhia gastaram a bola, no empate contra a Santarritense. No segundo tempo - impressionado com o desempenho da garotada - o apitador Vandevaldo Rangel aproximou-se de Mortágua e disse: “vocês jogam demais e merecem vencer, caia na área que eu marco pênalti”.    

Muito haveria a se escrever sobre Nego. A emoção por seu passamento e a memória que já não é a mesma impedem a abordagem de outros fatos marcantes. Mortágua deixa uma enorme legião de amigos por aqui, mas - alegria suprema - volta a se encontrar com sua amada Regina.

Professor Valdir Andrêo

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