COLUNA DE 31 DE MARÇO


Anos de chumbo

No último dia do mês de março de 1964, o Brasil amanheceu convulsionado. Daquela data, até 1985, o país viveu um longo período de 25 anos, sob a tutela dos militares. Quem - como nós - conviveu com os acontecimentos que se desenrolaram durante aquela fase, justifica o foi escrito na cabeça deste primeiro tópico.

Valeu tudo

Segundo Marcos Chagas, repórter da Agência Brasil, o golpe militar de 31 de março de 1964 foi o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil, durante a República. Qualificado pela história como "os anos de chumbo", o período da ditadura foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas.

Testemunho valioso

O historiador e cientista político da Universidade de Brasilia (UnB), Octaviano Nogueira, afirmou que o golpe de 1964 resultou no mais duro período de intervenção militar na democracia entre tantos outros desencadeados no decorrer da história republicana. “Entre 1964 e o início dos anos 70 estava em curso o período mais duro da repressão militar”, disse Nogueira.

O início de tudo

Segundo ele, 1964 começou, na verdade, quatro anos antes, com a renúncia de Jânio Quadros, da UDN - um partido de direita -, em 1961, sete meses após sua posse. Apoiado por uma ampla coligação, a renúncia deixou um vácuo de poder, uma vez que seu vice, João Goulart, do PTB - um partido de esquerda -, era visto com desconfiança pelas Forças Armadas.

Para fechar

Em março de 1964, o tranquilo Padilha tocava uma padaria, na rua Araújo Leite, diante da igreja Nossa Senhora Aparecida, em Bauru. Num período em que proliferavam os dedos-duros, alguém o denunciou como um comunista perigoso. Com certeza, porque o espanhol manipulava as massas.

Valdir Andrêo

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