COLUNA DE 6 DE MARÇO

Um corrupto na festa

Semana passada, este vibrante blog abordou e mostrou fotos da abertura dos Jogos Regionais, em julho de 1981, no velho estádio Írio Spinardi. Quem esteve na solenidade, recorda-se que referida abertura coube ao vice-governador do estado da época, o manjado José Maria Marin. Ele era companheiro de chapa de Paulo Maluf que havia se licenciado do cargo.

O mestre e o discípulo

Muitos anos depois, os dois vivem a mesma situação. Maluf está em cana no presídio da Papuda, em Brasília, e Marin cumpre prisão domiciliar em apartamento do cinematográfico prédio de Donald Trump, em Nova York. Ambos estão presos pelo mesmo motivo: roubalheira. O primeiro pelos golpes à frente da prefeitura de São Paulo e o segundo por comprovadas denúncias de falcatruas no comando da CBF.

Roubo está no gene

Nem mesmo a decisão da Copa São Paulo de juniores escapou das garras de Marin. Na final de 2012, no Pacaembu, o cartola foi flagrado por câmeras da TV Bandeirantes colocando uma medalha no bolso durante a cerimônia de premiação do Corinthians, vencedor da competição daquele ano. Nas imagens, Marin enrola a fita nos dedos, embolsa a premiação e pega uma nova medalha para entregar aos jogadores.

Tremendo dedo-duro

Em outubro de 1975, defensor extremado do golpe militar de 1964, Marin pediu providências sobre a TV Cultura que, segundo ele, exibia reportagens que não retratavam corretamente o governo e programas que causavam “intranquilidade” nos lares de São Paulo. Quinze dias após o discurso, o jornalista Vladimir Herzog, editor-chefe da emissora, foi preso e assassinado pelo DOI-Codi. Em 1976, na assembleia legislativa, Marin elogiou publicamente o delegado Sergio Paranhos Fleury, delegado do Dops.

Fim da lua-de-mel?

Após a inesperada derrota frente ao modesto São Caetano, a torcida palmeirense vaiou o treinador Roger que não assimilou os apupos. As experiências feitas pelo técnico foram bastante criticadas.

Valdir Andrêo

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