COLUNA DE 3 DE ABRIL

Fundo do poço

Ontem, o presidente Michel Temer (MDB) procedeu à troca de alguns membros de seu fraquíssimo ministério. Vários postulantes à reeleição para o Congresso Nacional pediram o boné, já que o prazo para desincompatibilização expira no fim de semana. Só que, ao invés de aproveitar a oportunidade para corrigir erros anteriores, Temer insistiu em privilegiar partidos que lhe dão sustentação na árdua tarefa de se manter no cargo.

Seis por meia dúzia

Um dos maiores absurdos se perpetrou no importante ministério de Saúde. Para a vaga do engenheiro e empresário Ricardo Barros foi nomeado Gilberto Occhi, advogado e funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal. Sem ostentar qualquer requisito para a função, ambos fazem parte da manobra para manter o PP na base de apoio ao governo, em detrimento de pessoas especializadas.

A irresponsabilidade é crônica

O fisiologismo não é característica do atual desgoverno medebista. Nas administrações dos petistas Lula e Dilma, um deputado se destacou como super ministro. O deputado Aldo Rebelo começou à frente da pasta de Relações Institucionais da administração de Luíz Ignacio (2004/2005) e, depois, com as bênçãos de Dilma, esteve à frente - sucessivamente - dos ministérios de Ciência e Tecnologia, Esporte e Defesa. Um verdadeiro gênio!

Ficou no susto

O terremoto de ontem de manhã, na Bolívia, foi sentido em algumas cidades paulistas. Aqui em Bauru, moradores de um prédio do jardim Panorama pediram ajuda ao Corpo de Bombeiros. Em Marília, o tremor assustou funcionários da prefeitura. Segundo o professor de sismologia Lucas Vieira Barros, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), “sismos grandes e profundos vão continuar acontecendo nos Andes e sentidos aqui no Brasil”.

Chupando o dedo

Ontem, o governador Geraldo Alckmin anunciou investimentos da ordem de R$ 506,3 milhões para obras de recuperação e modernização de rodovias estaduais e estradas vicinais. A Nova Alta Paulista está fora do pacote.

Valdir Andrêo