COLUNA DE 22 DE MAIO - JOÃO DO PULO EM DRACENA
Mesmo as pessoas mais
vividas e acostumadas aos grandes eventos esportivos emocionaram-se com a
grande festa de abertura dos VI Jogos Regionais, dia 18 de julho de 1986, no
Centro Olímpico da vila Barros. Desde que a banda marcial de Quatá ingressou no
estádio, até que as jovens estudantes encerrassem sua belíssima dança, o
público viveu momentos de rara emoção cujo ponto alto foi a passagem do atleta
João Carlos de Oliveira (João do Pulo), conduzindo a tocha olímpica que ele
usou para acender a pira.
Difícil conter as
lágrimas
Acostumado a ver, desde
aqueles tempos, a tecnologia imperar nos eventos apoteóticos, o dracenense pôde
acompanhar um espetáculo onde o ponto forte foi o ser humano. Emocionou-se com
a dignidade e com o exemplo de vida de um campeão do mundo que não se abateu
diante da fatalidade e vibrou com a dança de centenas de estudantes
perfeitamente sincronizadas.
Orgulho pelo tri
João do Pulo chegou a
esta cidade, dois dias antes. O comitê organizador dos Jogos nomeou o professor
Antonio Leopoldo César para ciceroneá-lo, desde que ele desembarcou no
aeroporto de Presidente Prudente. O colunista teve o privilégio de
entrevistá-lo e sentir sua vibração pela conquista de vários títulos
internacionais. Ele explodiu no Pan-Americano do México, em 15 de outubro de
1975, quando faturou a medalha de ouro do salto triplo, com a marca de 17,35m.
Foi tricampeão da modalidade com mais primeiros lugares na Alemanha, Canadá e
Itália.
Triste despedida
Um acidente de carro, na
via Anhanguera, encerrou - prematuramente - a carreira do atleta que defendeu o
São Paulo, o Exército, o Pinheiros e a Guaru de Guarulhos. Mesmo tendo uma
perna amputada, manteve uma vida intensa, durante algum tempo, inclusive
ingressando na vida política e se elegendo deputado estadual duas vezes pelo
PFL, hoje DEM. No entanto, o alcoolismo e a depressão o levaram à morte, em
1999.
Professor Valdir Andrêo
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