COLUNA DE 25 DE SETEMBRO

Apronte-se, pois vão mexer

Todos os candidatos à presidência da República reconhecem, de alguma forma, a necessidade de reformar o sistema previdenciário que apresenta crescente déficit, estimado em pouco mais de R$ 200 bilhões em 2019. Segundo o novíssimo site seudinheiro.com, ponto comum em três das propostas é a mudança do regime de repartição para capitalização. Atualmente, o modelo é de repartição, com os trabalhadores da ativa pagando os benefícios dos aposentados. O modelo é visto como insustentável tendo em vista que o número de trabalhadores crescerá em velocidade inferior ao de aposentados, nos próximos anos.

Perguntar não ofende

Os postulantes à presidência se revezam ao enfatizar a necessidade urgente da reforma da previdência. Será que já fizeram o cálculo do prejuízo causado pela falta de contribuição dos mais de 13 milhões de desempregados e de seus patrões?

Novo salto

Semana passada, houve novo reajuste no preço dos combustíveis. O litro do etanol, então comercializado por R$ 2,399 (em média), pulou para R$ 2,699, em diversos estabelecimentos do ramo. Um posto de Araçatuba, situado na região dos hotéis (avenida Brasília), mantém R$ 2,399 apenas no pagamento à vista. No cartão (débito ou crédito), o valor é R$ 2,699.

Quem fala demais...

Faz uma semana, o general Mourão, candidato a vice de Bolsonaro, desferiu uma “pérola”, ao abordar a criminalidade nas comunidades. “Onde não há pai é avô, onde não há mãe é avó”. E foi categórico: “É, por isso, torna-se realmente uma fábrica de elementos desajustados”. A incontinência verbal de Mourão gerou revolta do escritor Marcelo Rubens Paiva que rebateu, ironicamente: “Fui criado pela minha mãe e irmãos, porque a ditadura matou meu pai aos 11 anos, e meu avô morreu de tristeza, dois anos depois. Por isso, que sou desajustado”. O deputado Rubens Paiva, pai de Marcelo, foi assassinado pelo regime militar, em 1971.

... dá bom dia a cavalo

Em 2014, o coronel aposentado Paulo Malhães declarou ao jornal ‘O Globo’ que Rubens Paiva foi torturado e morto em dependências militares, no Rio, com os restos mortais enterrados numa praia e, mais tarde, desenterrados e jogados ao mar. O coronel Paulo Malhães confirmou parte daquela história à Comissão da Verdade.  De acordo com o depoimento à Comissão, o coronel confirmou ser ele o responsável pelo desaparecimento de Paiva.

Professor Valdir Andrêo

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