COLUNA DE 5 DE JANEIRO

Um sonho possível

Desde os anos 1980, direção, professores, alunos e Associação de Pais e Mestres (APM) da escola Isac Pereira Garcez nutriam o grande desejo de cobrir a quadra de esportes do maior estabelecimento de ensino da cidade. No começo dos anos 90, armaram-se de coragem e resolveram montar uma comitiva para reivindicar o benefício ao governo do estado.

Palavra empenhada

Um grupo formado pelo prefeito José Cláudio Grando, este colunista e José Narciso da Conceição Gesteiro (representantes da escola), ciceroneados pelo deputado Mauro Bragato, rumou para a capital a fim de solicitar a quadra coberta ao secretário da Educação da época, o escritor e jornalista Fernando Morais. O consagrado autor de ‘A Ilha’ (sobre Cuba), ‘Olga’ (mulher de Luiz Carlos Prestes – executada pelos alemães durante a 2ª Guerra), ‘Chatô’ (biografia do jornalista Assis Chateaubriand) e o ‘Mago’ (sobre o escritor Paulo Coelho) recebeu a comitiva em sua sala e acenou positivamente para a reivindicação. Só que não houve resposta do secretário nem do governador da época, Orestes Quércia.

Alternativa vitoriosa

Mas o sonho se concretizou de outra maneira e sem dever favores aos inquilinos do Palácio do Bandeirantes e da secretaria da Educação. A diretoria da APM fechou contrato para um show do grupo “Mamonas Assassinas”, na Fapidra. Com o dinheiro arrecadado no espetáculo do inesquecível grupo e outras campanhas, viabilizaram-se as obras.

Atividade política intensa

Além de ocupar as pastas da Cultura (1988-1991) e da Educação (1991-1993), nas gestões dos peemedebistas Luiz Antonio Fleury e Orestes Quércia, Morais foi deputado estadual por duas legislaturas. Pelo PMDB, candidatou-se ao Palácio dos Bandeirantes em 2002, mas renunciou, durante a campanha. Foi substituído pelo teólogo Lamartine Posella.  

Da esquerda para a direita, o então prefeito José Cláudio, o deputado Mauro Bragato, Fernando Morais e o colunista

Foto: assessoria de imprensa da secretaria estadual da Educação