HOMENAGEM AO PROFESSOR LUIZ GONZAGA MORAES
Não deu tempo
Planejava uma coluna especial, dia 1º de abril, para comemorar mais um
aniversário do professor Luizinho. No entanto, como sempre foi um grande
gozador, ele preferiu não me aguardar e faleceu ontem, após mais de meio século
de excelentes serviços à comunidade. Educador de excelsas qualidades, também se
destacou nas atividades sociais, junto com seus companheiros de Lions.
Conheci Luizinho em janeiro de 1965, na sala dos professores da escola
Isac Pereira Garcez. Recém-formado pela USC de Bauru, redigi - diante dele - um
requerimento em que postulava aulas de Português, Francês ou Latim. No entanto,
o professor José Florentino de Souza Araújo, então diretor do Cene de Tupi
Paulista, antecipou-se e “comprou meu passe”.
Voltamos a nos encontrar em 1970. Agora, como companheiros de Isac
Pereira Garcez. Dois anos depois, convidou-me para lecionar Português, na
Escola Técnica de Comércio, situada na rua Brasil. Foi um período inesquecível
e muitas vezes, após a última aula da noite, ele convidava para uma conversa
sobre as coisas do magistério e da política local que foi tão ingrata com ele.
A parceria prosseguiu por muitos anos no Anglo-Cid e numa curta passagem pela
Fafid.
Por mais de vinte anos, também participamos da contagem de votos, nas
eleições. Na condição de escrutinadores, fizemos parte de uma mesa apuradora
que ainda contava com José Barbosa e Décio Rother. Numa época de ditadura,
digladiavam-se Arena (situação) e MDB (oposição). A contagem de votos se dava
no salão de bailes do Xadrez Tênis Clube. Ao longo do tempo, Luiz
transformou-se em coordenador geral das eleições. Eu, em presidente de mesa
receptora.
Haveria muita coisa para se falar sobre o grande mestre e amigo que nos
deixa. A mim, me resta agradecê-lo por tudo que nos ensinou. Lá em cima, dona
Terezinha deve estar exultante por poder voltar a conviver com o marido. Às
filhas Carmen, Cláudia e Mônica, sinceras condolências por tão grande perda.
Professor Valdir Andrêo
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