COLUNA DE 3 DE MAIO
O
seu, o meu, o nosso
O
Supremo Tribunal Federal (STF) vai ter de explicar ao Tribunal de Contas da
União (TCU) por que decidiu fazer uma licitação de R$ 1,3 milhão para comprar
medalhões de lagosta e vinhos importados - e somente os premiados - para as refeições
servidas pela Corte. A investigação se baseou em reportagem, publicada pelo
jornal O Estado de S. Paulo, dia 26 de abril.
Cardápio
refinadíssimo
O
menu exigido pela licitação dos ministros dos STF inclui desde a oferta café da
manhã, passando pelo "brunch", almoço, jantar e coquetel. Na lista,
estão produtos para pratos como bobó de camarão, camarão à baiana e
"medalhões de lagosta". As lagostas, destaca-se, devem ser servidas
"com molho de manteiga queimada".
E
tem mais!
A
Corte exige ainda que sejam colocados à mesa pratos como bacalhau à Gomes de
Sá, frigideira de siri, moqueca (capixaba e baiana) e arroz de pato. O cardápio
ainda traz vitela assada, codornas assadas, carré de cordeiro, medalhões de
filé e "tournedos de filé".
Carta
de luxo
Os
vinhos exigiram um capítulo à parte no edital. Se for tinto, tem de ser tannat
ou assemblage, contendo esse tipo de uva, de safra igual ou posterior a 2010 e
que "tenha ganhado pelo menos quatro premiações internacionais".
"O vinho, em sua totalidade, deve ter sido envelhecido em barril de
carvalho francês, americano ou ambos, de primeiro uso, por período mínimo de 12 meses."
Professor
Valdir Andrêo
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