COLUNA DE 15 DE NOVEMBRO

O eleitor mascarado 

São 9 horas e já cumpri com o dever democrático. Apesar de pouca gente e quase inexistência de filas, o que provocou mais demora foi a burocracia que existe até chegar à urna. Aproveitei para estrear meu e-título que ostenta uma foto dos maravilhosos tempos de Dracena.

A eleição risonha e franca

No curto trajeto para a urna, lembrei-me dos quase 20 anos que trabalhei na apuração de votos. Nomeado por Valdeci Calvento, nos anos 1960, comecei com escrutinador numa junta que ainda tinha Luizinho Almeida Moraes, José Barbosa e Décio Rother. Tempos de ditadura e de apenas dois partidos: Arena e MDB.

Lei pouco seca

A apuração era feita no salão do Xadrez Tênis Clube e começava de manhã. O saudoso Osni, ferroviário aposentado, era responsável pelo bar e conhecia praticamente todos os empenhados na contagem dos votos. Com a chegada da hora do almoço, ia em direção às mesas e avisava os ‘biriteiros’ que havia alguém ao telefone. O aparelho ficava atrás do balcão, ao lado de uma garrafa de cachaça. Osni advertia que era preciso ter muito cuidado para não ser flagrado pelo juiz Osvaldo Breviglieri, conhecido pela severidade.

Mudança de endereço

Depois de bom tempo, a apuração foi transferida para o ginásio de esportes da escola 9 de Julho. A contagem dos sufrágios começava às 18 horas e entrava pela madrugada. Luizinho Moraes foi guindado a chefe dos serviços e este jurássico colunista alçado a presidente da 2ª Junta Apuradora. Também trabalhavam nas mesas, entre outros, Antonio Botasso, Edson Fávero e Mário Lapenta.

Perdeu o emprego

De certa feita, um conhecido fotógrafo aproximou-se de nossa mesa e solicitou o número da urna que estava sendo apurada. Ele dizia que nela estariam os votos de seu empregado, mulher e filha. Ao saber que tinha ‘zerado’, deve ter despedido o gerente e amaldiçoado as duas outras infiéis.

Cumpram com seu dever

No começo da noite, já serão conhecidos prefeito, respectivo vice e vereadores. Que os escolhidos trabalhem pela comunidade que precisa, mais do que nunca, de representantes probos e operosos.

Professor Valdir Andrêo

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