COLUNA DE 26 DE NOVEMBRO
Terça trágica
Na coluna de segunda (23), lamentamos dois tristíssimos fatos que marcaram a semana passada (assassinato de um negro num supermercado gaúcho e o ressurgimento assustador de casos de coronavírus) e que torcíamos por boas notícias, no decorrer dos próximos dias. Infelizmente, um pavoroso acidente rodoviário se verificou, ontem de manhã, provocando a morte de 41 trabalhadores da região de Avaré.
Tragédias anunciadas
De princípio, as autoridades aventam várias justificativas para a catástrofe: falha humana, problemas mecânicos ou a precariedade da estrada de muitas curvas. Quem já dirigiu por ali conta que a pista apresenta muitos buracos e a sinalização é bastante deficiente. Infelizmente, sem a atenção dos governantes, muitas famílias ainda vão chorar a morte de seus entes queridos, em acontecimentos como o de ontem.
O gênio da bola
Ontem, por volta de meio-dia, faleceu Diego Armando Maradona. As derradeiras homenagens ocorrem na Casa Rosada, sede do governo e maior símbolo do Poder da Argentina. Foram raras as ocasiões em que a Casa Rosada recebeu um velório. O último foi o do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, em 2010.
Inigualável
“O maior personagem que o futebol já produziu, morreu hoje. Um deus canhoto, gênio, humano. Muito humano, Os dribles, os gols, as polêmicas, os tombos, tudo em Maradona foi muito. Foi tanto que há quem ouse compará-lo com Pelé: uma heresia. Mas ele encantou tanto, jogou tanto, apareceu tanto, apaixonou tantos, viveu tanto e tão loucamente que virou deus em vida. Talento bruto, carisma absurdo, genial, genioso, enorme. Gracias a Diós, eu vi jogar”. (Marília Ruiz, jornalista da Folha).
Para fechar
“Meu desejo é que passe o quanto antes
esta pandemia e que a minha Argentina possa seguir adiante. Dá muita pena
quando vejo crianças que não têm o que comer e eu sei o que é passar fome. Sei
que sentem na ‘pança’ quando não comem por vários dias e isso não pode
acontecer no meu país. Esse é o meu desejo, ver os argentinos felizes, com
trabalho e comendo todos os dias”. (Diego Maradona – 1960/2020)
Professor Valdir Andrêo
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