COLUNA DE 16 DE JULHO

O primeiro ninguém esquece

Sábado passado, a Argentina venceu o Brasil e conquistou a Copa América, após um prolongado jejum de títulos. A nem sempre imparcial imprensa vizinha comemorou o título e frisou que se tratava do 2º Maracanazo. Aludia ao fato de que, sete décadas antes - no Maracanã, o Brasil havia perdido outra decisão para o Uruguai, na definição do mundial de 1958.

 

Em 16 de julho de 1950, há exatos 70 anos, o Brasil encarou o Uruguai no Maracanã, precisando de um simples empate para erguer a taça. Fez um a zero, através do são-paulino Friaça, mas tomou a virada no segundo tempo, em falha do lateral Bigode que defendia o Fluminense. Irresponsavelmente, críticos da época atribuíram o fracasso ao goleiro Barbosa.

 

No confronto decisivo que o jurássico colunista acompanhou pela rádio Nacional (RJ), o Brasil atuou com Barbosa (Vasco), Augusto (Vasco), Juvenal (Flamengo), Danilo (Vasco) e Bigode (Flu). Bauer (SPFC), Zizinho (Bangu), Jair (Flamengo) e Chico (Vasco).Friaça (SPFC) e Ademir (Vasco).

 

A inesperada derrota contra os uruguaios frustrou os cariocas que já haviam encomendado mil litros de chope e confeccionado faixas de campeão. Jornais da época anteciparam edições, comemorando o primeiro título mundial. Ao final da partida, 200 mil torcedores acompanharam - mudos e estarrecidos - a ‘tragédia’.

 

Três dias depois da epopeia uruguaia, Leopoldo Oberst, repórter da revista ‘O Cruzeiro’ à época, entrevistou Obdulio Varela, capitão da seleção do Uruguai. O competente e saudoso Oberst que, nos últimos tempos, foi assessor de imprensa da Faculdade Reges de Dracena e colunista do Jornal Regional.

 

Professor Valdir Andrêo


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