COLUNA DE 10 DE JANEIRO
Justa reverência
Este ano, a secretaria de esportes decidiu homenagear
o professor Antonio Vanderlei Valério, colocando seu nome no troféu do
campeonato de futsal de férias. Uma homenagem merecida ao profissional de
educação física que lida com o esporte local, em quase todas as modalidades, há
mais de cinquenta anos.
Conheci Pezinho em meados de 1965 ou começo de 1966,
na quadra de esportes do Tupi Esporte Clube. À época, ele apitou um jogo de
futsal (aquele tempo futebol de salão). Apesar das pressões dos dirigentes e
dos atletas de ambas as equipes, o jovem árbitro conseguiu êxito em levar até o
fim o clássico regional.
Posteriormente, como atletas, tivemos a oportunidade
de atuar juntos no Camisa 10 (time dos professores) e também no Sabatista. Nos
tempos em que o histórico clube tinha Nego Mortágua, Zé do Coco, Waldomiro
Machado, Décio Rother, Armando Sampaio, Donaldo Ferreira da Palma e Belmar
Ramos (Bananeira), entre outros.
Mas o episódio que mais marcou foi a final do
campeonato paulista de 1988, entre Guarani e Corinthians, no estádio Brinco de
Ouro da Princesa. Em ônibus do Expresso Adamantina, com passagens cedidas pelo
saudoso Antonio Carreto Silveira, chegamos a Campinas por volta de 7h30. No
terminal rodoviário lá estava o Mário Alves que nos levou ao Brinco de Ouro,
numa Brasília creme.
O resultado todos sabem: o Corinthians venceu o Guarani por 1 a 0, gol do então novato Viola. Agora o mais importante: com um desconforto físico, Viola deixou o gramado de maca. Repórter de campo, da rádio Nova Dracena, Pezinho não titubeou e partiu para cima do atacante e ouviu, com primazia, as declarações do herói do jogo que gemia de dores. Só depois de vários minutos é que surgiram os representantes das grandes emissoras da capital.
Para fechar: naquela tarde histórica, Dracena se fez presente com duas emissoras. Jaime de Oliveira narrou para a Nova, com os comentários deste octogenário colunista e reportagens de Valério. A Regional documentou o confronto histórico com narração de Maurinho Alves e análises de Antonio Carlos Malheiros.
Professor Valdir Andrêo
Comentários
Postar um comentário