COLUNA DE 2 DE FEVEREIRO

 

Fez história

 

No começo da semana, o esporte de Bauru perdeu o cirurgião-dentista Edson Massa, 87 anos. Ele tinha Alzheimer em estágio avançado e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Embora por poucas horas, os torcedores do Dracenão o viram em ação, no final dos anos 1970, apitando uma partida do extinto quadro local, frente ao Tanabi. O jogo valeu pelo campeonato da 2ª divisão da FPF.

 

Antes de se dedicar exclusivamente à odontologia, Massa foi um zagueiro de bons recursos técnicos. Vestiu as camisas do XV de Jaú, da Ferroviária deAraraquara e do Rio Claro, antes de encerrar sua carreira no Bauru Atlético Clube. Em seguida, ingressou no quadro de árbitros da Federação Paulista de Futebol e da Confederação Brasileira de Desportos (hoje CBF).

 

Na condição de apitador da FPF, Massa conduziu o confronto Dracena 3 x 1 Tanabi, no estádio Írio Spinardi, pelo campeonato da Segundona. Foi uma partida de alto risco, com lances ríspidos de ambos os lados, exigindo muita capacidade de Edson. É que no primeiro turno, em Tanabi, jogadores e dirigentes do DFC foram bastante hostilizados. Para se ter uma ideia, o meia Milton foi atingido com violência e teve que ser hospitalizado.

 

Como conhecia Massa, desde os tempos do Bauru Atlético Clube, alertei-o dos riscos que poderia correr, caso não tivesse uma atuação firme e imparcial. Pessoa inteligente e capacitada, levou o cotejo a bom termo e ainda teve tempo para acompanhar algumas brigas dos torcedores locais, junto às arquibancadas de madeira do velho Írio.

A última vez que me encontrei com Massa foi no clube de campo do Bauru Tênis Clube. Ele atuou no time de futebol médio conhecido por “Turma da Tosse”, até os 84 anos.

 

                           Professor Valdir Andrêo

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