COLUNA DE 2 DE MARÇO

Só falta o Pero Vaz de Caminha

Há quinhentos anos, eles desembarcaram dos navios componentes de uma pouco vistosa esquadra, para povoar o país. Decorridos pouco mais de cinco séculos, ao contrário, eles retornam ao país a bordo de luxuosas aeronaves e são recepcionados com tapete vermelho e homenagens variadas. Se a culta leitora e o não menos ilustrado leitor ainda não percebeu, o Brasil está sendo redescoberto pelos portugueses.

E a redescoberta dá-se por conta dos treinadores de futebol. Eles não estudaram os procedimentos na Escola de Sagres, mas são oriundos de estabelecimentos que ensinam como o futebol deve ser tocado. A “invasão” começou em 2019 com Jorge Jesus (Flamengo) e seguiu com Abel Ferreira (Palmeiras). E prossegue neste final de semana, quando Vítor Pereira assume o Corinthians, justamente contra o São Paulo, de Rogério Ceni. Por sinal, o ex-goleiro é o único brasileiro a tocar um dos quatro grandes paulistas, pois o Santos também acertou com o “gringo” Bustos.

Claro que os mais novos não devem saber, mas a escalada lusa no futebol paulista remonta a 1943, quando Joreca assumiu o São Paulo e foi campeão estadual em 1943, 1945 e 1946. A conquista de 46 foi épica, pois o tricolor terminou o clássico com apenas dez atletas. O lateral esquerdo Renganeschi (argentino) contundiu-se e as regras da época não ensejavam substituição.

Voltando aos dias de hoje, o assunto da hora é a histórica vitória do Mirassol sobre o Grêmio por 3 a 2, ontem à noite. O desastre elimina, sumariamente, o time gaúcho da Copa do Brasil. E deve provocar atos de hostilidade contra os gremistas que já tiveram seu ônibus apedrejado, semana passada.

                                       Professor Valdir Andrêo

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